A importância do trabalho voluntário na formação de líderes e no contexto de gestão
Ajudar a quem precisa pode ser uma ótima oportunidade para que desenvolvamos habilidades e experiências que podemos aplicar em vários aspectos da vida. Uma forma de se fazer isso de modo organizado é ingressar um programa de trabalho voluntário. Essa modalidade é uma das mais eficazes para que possamos aprender a ouvir as necessidades dos outros para oferecer soluções variadas aos problemas que se apresentam. Coincidentemente ou não, esses são atributos cada vez mais valorizados em líderes que se lançam ou que desejam se perpetuar como tais no mundo dos negócios.
Liderar não é uma tarefa fácil. Exige experiências diversificadas, tato na convivência com pessoas, saber antecipar problemas, ser capaz de colaborar e adaptar mecanismos para se chegar a soluções satisfatórias, ter condições de imaginar cenários para apontar qual caminho é o mais viável para obtenção de resultados almejados. Para poder indicar qual esforço é o mais apropriado para que colaboradores possam atingir determinado alvo, gestores precisam entender bem as necessidades dos clientes, interpretá-las objetivamente aos liderados e – mais que isso – ter sentido na pele quais são as necessidades de sua equipe na condução do serviço. Todas essas questões podem ser desenvolvidas por meio de trabalho sério e voluntário, numa relação em que todos os envolvidos possam sair beneficiados. Se inserir em um ambiente de trabalho voluntário é se expor fora da zona de conforto. Subitamente, a pessoa terá que conhecer o novo contexto, as ferramentas limitadas de que dispõe, observar, se habituar e se adaptar às novas rotinas.
Além disso, terá que se relacionar com novas pessoas, aprender como pode colaborar para atender as demandas específicas do público-alvo do serviço voluntário. Tudo isso para contribuir com causas que muitas vezes expõem as entranhas da necessidade humana: ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade social, enfermos, na alimentação ou distribuição de recursos a pessoas em extrema pobreza, entre outros exemplos.
Ganhos e ganhos
Aplicar projetos nessa realidade pode ser mais simples do que se pensa. Isso porque todos os envolvidos com o trabalho voluntário podem ser e se sentir beneficiados com os resultados do serviço. Uma empresa que gere hospitais, por exemplo, pode usar esse método para treinar funcionários, enquanto organizações de voluntários da mesma área se beneficiam da mão de obra sem custos, de modo a causar mais impacto social. O colaborador cedido, por sua vez, pode se conectar com causas importantes, sentir que faz a diferença, enquanto se engaja na proposta e desenvolve novas habilidades.
As principais competências a serem desenvolvidas durante trabalhos voluntários:
- Inovar – propor soluções em um ambiente de poucos recursos;
- Empatia – entender o contexto de clientes internos e externos;
- Colaboração – considerar diversos pontos de vista, trocar experiências e negociar com a equipe;
- Flexibilidade à mudança – criar novos projetos, testá-los e aprender com os erros.